sábado, 27 de agosto de 2011

Seis características que um líder deve desenvolver

Por Marcelo Berti

A vida é um ciclo de fim determinado, embora não saibamos quando exatamente esse ciclo terminará. Entretanto, temos plena certeza de que a cada dia que passa, como diria João Alexandre, “é uma passo a menos e um passo a mais, na direção do fim, frio feroz, o fim de todos nós“. Em outras palavras, sabemos que a cada dia nosso tempo para desenvolvimento da nossa vida e ministério está diminuindo, e não é à toa que homens mais experientes sempre nos estimulam a focar cada vez mais em nossas atividades, pois pois eles já aprenderam que sua vida está terminando.

Outro aprendizado que temos com a vida é que a cada momento que desfrutamos de nossa existência, somos moldados por nossas experiências, nosso caráter é aperfeiçoado (especialmente para aqueles que buscam isso diariamente) e nosso conhecimento prático do ministério é lapidado. Nesse processo verificamos que a cada dia o Senhor imprime em nós detalhes importantes para o enobrecimento do nosso caráter (à semelhança de Cristo) e da nossa visão do ministério.

Em outras palavras, sabemos que não estamos hoje na melhor da nossa performance pois ainda temos muito a aprender com o Senhor no ministério. Por isso, a pergunta, sobre liderança é: O que você pode fazer melhor no atual ponto de sua vida? É nessa percepção que escrevemos essse artigo: Não trata-se de um manual de liderança escrito por alguém em plena consciência do ministério, mas de alguém que no atual ponto de sua vida entendeu que precisa melhorar como líder em seis áreas essenciais para o exercício da liderança. A intenção é que esse aprendizado frequente com o Senhor seja útil à aqueles que tem investido suas vidas no ministério.

Nesse artigo não estamos focando nas especificações morais e espirituais do líder, mas iremos tratar de características práticas da liderança. Com isso, não estamos dizendo que a liderança do ministério cristão deva ser desempenhado por pessoas ministerialmente desqualificadas que tenham essas características desenvolvidas. Muito pelo contrário, estamos dizendo que aqueles que estão no ministério, por terem sido encontrados fiéis e qualificados moral e espiritualmente para o ministério, deveriam desenvolver seis características importantes para o exercício da coordenação e liderança de um ministério que visa a excelência. Essas seis características são: (1) Direção; (2) Implementação; (3) Organização; (4) Comunicação; (5) Avaliação e (6) Redireção.

1. Direção

A primeira características que se almeja em líderes é que tenham clara visão de onde pretendem chegar com o seu ministério. Não é possível desenvolver um ministério que cresce em excelência se os voluntários e participantes desse ministério não sabem exatamente onde seu líder quer chegar.
Um líder que não tem os olhos voltados para o futuro, um líder que não sabe onde quer chegar, dificilmente irá implementar um ministério coeso, cujos voluntários sabem para onde estão indo e querem chegar lá. É por isso que a direção do líder oferece ao menos 3 benefícios para o ministério:
  1. Metas (alvos definidos): Uma vez que o líder sabe onde quer chegar com seu ministério, ele é capaz de estabelecer alvos mensuráveis, tangíveis, desafiadores e coerentes com as escrituras. Os alvos devem ser mensuráveis, para que possam ser avaliados; devem ser tangíveis, para serem realizados; devem ser desafiadores para motivar a equipe e devem ser coerente com as escrituras para Glorificar a Deus. Um ministério que estabelece alvos como esses, na dependência do Senhor podem desenvolver o melhor de si para alcançar alvos específicos com o objetivo de Glorificar o Senhor.
    Entretanto, é fundamental dizer que embora o líder tenha a função de prover direção, é importante que ele saiba que ele não é o único que apresenta alvos definidos para o ministério, afinal, se seu trabalho de coordenação, gerência e pastoreio está sendo feito com excelencia, o resultado esperado é que seus liderados desenvolvam o mesmo apreço pela obra que seu líder. Se isso acontence, algumas pessoas da equipe podem se levantar para apresentar alvos definidos em consonância com os alvos do ministério que o próprio líder desenvolveu. Esse é um processo interessante e muito satisfatório para o líder.
  2. Demanda de recursos: Com uma direção definida e alvos claros, tanto o líder como a equipe irão desenvolver uma visão mais apurada para as necessidades do ministério e o investimento (financeiro e pessoal) será priorizado em conformidade com as diferentes demandas do ministério. Uma verdade sobre o ministério é que ele sempre estará em déficit financeiro, com menos tempo e voluntários que o necessário: É isso que torna o ministério tão desafiador. Mas, se o ministério não desenvolver uma visão clara do futuro, se não for direcionado adequadamente e não tiver alvos definidos, é bem provavel que se invista tempo, recursos e pessoas de modo equivocado, e nós não podemos viver nesse patamar de falta de zelo e excelência no trabalho para o Senhor.
  3. Processo de decisões: Com uma direção clara, o processo de decisões torna-se fundamental e progressivamente mais eficiente. Quando a equipe ministerial absorve a direção do ministério, até mesmo sugestões que não se conformem com os alvos do ministério serão oferecidas. Isso acontece gradativamente na equipe, e acaba por tornar o processo de decisões mais eficiente. Esse processo nasce na postura do líder de restringir o investimento de tempo e energia dos voluntários com atividades que não correspondem ao alvo final do ministério. Com alvos definidos, não apenas recursos são melhor aplicados, mas as atividades ministeriais serão coordenadas, priorizadas de acordo com a visão que temos do ministério.

2. Implementação

Uma vez que temos definido onde queremos chegar, a próxima pergunta fundamental é: Como chegaremos lá? O que separa uma visão minsiterial de um sonho é a capacidade de implementação do líder. Se a visão é clara, mensurável, tangível, desafiadora e coerente com as escrituras, mas o ministério não tem se desenvolvido, é por que a capacidade de implementação do lider está deficiente. É por isso que o líder tem que desenvolver não apenas sua capacidade de idealizar o minsitério, mas também de realizar o ministério que idealmente desenhou.
É na disciplina do Planejamento que encontramos as ferramentas que nos permitem implementar as idéias ministeriais para que se tornem realidades ministeriais. Um bom planejamento deve ter ao menos três características:
  1. Ações (atividades): Em algumas organizações a terminologia é diferenciada, mas os conceitos são os mesmos. Uma vez que o ministério tem seus alvos definidos, ou seja, suas metas, é fundamental que ele também desenvolva suas ações para alcançar suas metas. Uma meta nunca se realizará sozinha: É fundamental que um conjunto de atividades seja coordenada para alcançar as metas definidas para o ministério. O planejamento é a ferramenta que organiza essas atividades e coordena os esforços dos voluntários. É no planejamento que o líder e sua equipe discutem os alvos do ministério  e definem as ações para se alcançar essa meta. Cada uma dessas ações deve responder diretamente às metas que se propõe a realizar. Se o processo de planejamento for realizado adequadamente, e as metas estiverem bem dimensionadas para o ministério, é bem provável que esse ministério alcance os objetivos que traçou para ele.
  2. Plano de ação: O plano de ação seria a descrição detalhada de cada uma dessas atividades. Assim como as ações respondem às metas, o plano de ação se reporta às ações. Mais do que definir o que será realizado é importante definir quem as executará e quando. Essa definição auxilia a equipe ministerial a investir seu tempo e energia em atividades complementares para o alcance das metas estabelecidas, da mesma forma que inibe o cenário trágico de voluntários investirem tempo e energia em atividades que competem entre si.
  3. Medição: Quando definimos que as metas do minsitério fossem mensuráveis, estávamos pensando nesse ponto: Como sabemos que nosso minsitério está progredindo? A resposta é simples: avaliando os resultados alcançados das atividades em relação à meta. Por exemplo, se um ministério estabelece que pretende criar oportunidade para que 300 pessoas ouçam o evangelho, é fundamental que se sentem em algum momento para avaliar se isso foi realmente realizado. Essa medição da meta é que demonstrará se o ministério está progredindo ou regredindo. Entretanto, é fundamental que o líder conheça bem sua equipe, pois é possível que a meta tenha sido mal dimensionada de modo que fosse intangível. Por isso, esse processo de avaliação deve considerar o empenho da equipe, o esforço demandado para diferentes atividades e se necessário for redimensionar os alvos para se acomodar com a realidade do ministério. Isso é sinal de um ministério amadurecido, que reconhece suas deficiências e as considera na execução, sem menosprezar o empenho necessário para se alcançar as metas definidas.
    Por outro lado, se o ministério tem realizado suas metas com facilidade, aumentar a meta é ou  uma demonstração de que o ministério está crescendo e se desenvolvendo pela graça divina ou uma demonstração de que a meta tenha sido estabelecida tímida demais. Alterar essa meta para torná-la desafiadora também é exemplo de um ministério que tem sido amadurecido pelo Senhor.

3. Organização

Uma vez que temos definido nossas metas e o planejamento do ministério, é fundamental que o líder tenha desenvolvido sua capacidade de organização, pois a pergunta que a equipe faz nessa altura é: Quem nos levará a alcançar esses objetivos?. A resposta para essa pergunta, em última análise é o Senhor. Entretanto, sabemos que Ele o fará por meio do exercício dos dons e do serviço do líder do ministério.
Todo líder deve ser consciente de que é sua função estabelecer uma estrutura de trabalho que viabilize os voluntários a trabalharem em comunhão, coparticipação e cooperação. Por estrutura, estamos pensando em “colocar pessoas unidas em um relaciomento produtivo para que a visão seja alcançada” (Bill Lawrence). Mas, como podemos fazer isso? Deixamos aqui quatro sugestões:
  1. Identifique os dons dos voluntários: O ministério certamente ganhará muito se os líderes puderem ajudar os voluntários a servirem em lugares que se sentem mais adequados. O lema “pessoas certas nos lugares certos” é um excelente alvo a ser perseguido. É bem verdade que não podemos viver escravos dessa definição, até por que, será comum termos áreas do ministério nas quais nenhum dos voluntários serão pessoalmente compatíveis com a proposta, mas na dependência do Senhor e com muito empenho podem fazer significativa diferença. Contudo, é verdade que pessoas renderão o melhor que podem se forem alocadas em trabalhos com os quais se identifiquem.
  2. Identificar temperamentos: Outra atividade que merece atenção é o tipo de temperamento que encontramos nos diferentes voluntários. Isso também nos auxiliará a produzir um ambiente produtivo de trabalho. Para desenvolver um ambiente de trabalho de cooperação é importante que o líder saiba como alocar diferentes pessoas para trabalharem juntas.
  3. Desenvolver cultura de compromisso: Realizar um trabalho ministeria exige alto nível de comprometimento, pois trata-se do mais importante trabalho a ser realizado: trata-se do trabalho realizado de modo especial ao Senhor da obra. Por isso, o líder deve desenvolver uma cultura de compromisso em sua equipe para que eles manifestem seu compromisso com o ministério no mais alto nível que puderem. O modelo para essa cultura de compromisso é o líder: Seu compromisso sempre deve ser percebido à distância. Nenhum voluntário do ministério pode levantar qualquer suspeita sobre o compromisso do líder: ele deve ser exemplar nessa área também.
    Contudo, ele deve saber que, embora seu compromisso possa ser contagiante, normalmente isso não acontece por acaso. Ele deve servir com intensidade e exigir (dentro de limites bem definidos) que seus voluntários tenham o mesmo empenho. Essa tarefa é ardua, rotineira e eventualmente cansativa e enfadonha, mas extremamente gratificante a longo prazo. Quando um líder olha para traz e vê uma equipe coesam, funcional e comprometida ele certamente voltará os olhos ao Senhor e agradecerá pelo que realizou por seu intermédio.
  4. Identificar diferentes estágios de maturidade: Um equívoco frequente entre líderes é exigir de seus voluntários uma postura ministerial incompatível com a maturidade espiritual que manifestam em suas vidas. Em outras palavras, não podemos esperar que os voluntários tenham o empenho ministerial de Paulo sem terem experimentado uma vida com Deus como Paulo experimentou. O líder deve perceber que em sua equipe ele terá pessoas maduras convivendo com pessoas em desenvolvimento e com pessoas imaturas. Essa sensibilidade auxilia o líder a não se frustrar quando suas expectativas com as diferentes pessoas do ministério não são alcançadas, e também o ajuda a não exigir de pessoas imaturas um compromisso de pessoas maduras.
    Se essa identificação for realizada de modo adequado, o líder também poderá desenvolver uma plano de participação e cooperação com os voluntários de modo diferente para diferentes pessoas do ministério. Uma postura que procurei tomar na minha experiência, foi discipular pessoas que manifestavam alto nível de compromisso com o ministério para que eles fizessem o mesmo com as outras pessoas do ministério que estavam em desenvolvimento. Essa postura permitiu que o esforço para que os voluntários crescessem com o Senhor se desenvolvessem exponencialmente.
    Como líderes, precisamos colocar pessoas imaturas em locais onde podem crescer, que as desafie a crescer, do mesmo modo que alocamos pessoas maduras em locais que possam auxiliar pessoas em desenvolvimento. Essa postura certamente resultará em benfícios para o ministério

4. Comunicação

Outra característica altamente necessária do líder é sua capacidade de comunicação. Ele deve desenvolver um padrão de comunicação que responda as questões: Onde ir?, Como chegar lá? Quem vai nos levar lá?, pois as pessoas não o seguirão se você não souberem onde você está indo.
O líder do mininistério deve ter consciência de quais são os valores que regem o ministério e apresentar a sua equipe com frequência. O mesmo deve acontecer com a visão do ministério que deve estar enraizada na vida do líder de modo que os voluntários do ministério possam notar na vida do líder onde ele quer chegar. O líder deve desenvolver o hábito de comunicar com sua equipe a missão do ministério para que todos sejam consciêntes do trabalho que é esperado de cada um. Ele também deve desenvolver uma cultura de comunicação com a equipe, para que ela saiba onde quer chegar e o que se espera dela em cada estágio do desenvolvimento do ministério. Ou seja, a comunicação do líder com a equipe é fundamental, mas não é a única via de comunicação que o líder deve desenvolver.
A comunicação entre a equipe também é algo que deve ser promovido pelo líder: Ele não deveria criar um ambiente de serviço ministerial em que as pessoas dependem de suas definições em todas as ocasiões, pois assim desenvolve nos voluntários uma dependência excessiva do líder e as deixa acomodadas para refletirem sobre o ministério. Nesse tipo de situação, a equipe sempre está esperando que o líder tire mais um coelho da cartola para então se envolverem com a nova  atividade. Por outro lado, se a equipe precisa desenvolver sua comunicação com a própria equipe, ela cresce em reflexão sobre o ministério e suas atividades. Nesse cenário, os voluntários coparticipam com o líder na projeção de como o ministério deve funcionar. Ou seja, ao invés de termos um ministério com uma cabeça pensante, temos um ministério pensante. O benefício disso deve ser altamente valorizado pelo líder.
Líderes que privam suas equipe de ter esse tipo de interação sofrem de algum tipo de “fobia ministerial“, insegurança e tem medo que seus voluntários ocupem seu lugar ou façam aquilo que ele entende ser exclusivamente seu trabalho. Por outro lado, líderes que valorizam esse tipo de interação no ministério entendem que são cooperadores do ministério e que a diferença essencial entre o voluntário e o líder é meramente funcional, não hierárquica. Como líderes, temos que liderar sem nos tornarmos dominadores e centralizadores do processo e das atividades. Nós não podemos permitir que os voluntários sejam emudecidos por nossas inseguranças, ao contrário, devemos viabilizar o desenvolvimento do ministério através da coparticipação com os integrantes do ministério.
Outro tipo de comunicação que o líder deve permitir desenvolver é a comunicação da equipe com o líder. É fundamental que o líder tenha abertura para que sua equipe se comunique adequadamente com ele. É nessa abertura que vamos conhecer mais os voluntários que dividem conosco a tarefa de fazer esse ministério efetivo. É nessa abertura que vamos descobrir as necessidades que os voluntários tem e quais são as intervenções necessárias a se realizar na equipe, para que continue crescendo. Líderes não podem desenvolver nenhum tipo de fobia nessa área, pois a vitalidade do ministério depende desse tipo de comunicação. Eventualmente, a distância da equipe é geralmente um exemplo de que eles tem algo a falar, mas não tem abertura para realizar essa comunicação. O erro pode estar no voluntário, mas o líder deve reconhecer sua parte da falha e acertá-la pelo benefício do ministério.
Existe ainda um último tipo de comunicação que o líder deve desenvolver: Comunicação com a Igreja como um todo. No caso de um ministério na igreja local, pode acontecer de toda essa comunicação ser efetiva, mas a igreja ficar desinformada do andamento do ministério, suas vitórias, dificuldades e necessidades. Isso acaba por não permitir que a igreja se envolva com o ministério em oração, contribuição e participação. Se a igreja não souber como ajudar, ela não ajudará. Se ela não conhecer as necessidades do ministério, ela não poderá se envolver com o ministério. Se ela não saber onde estão as maiores necessidades do ministério ela não poderá contribuir com elas. Por isso, é fundamental que o líder encabeçe uma cultura de comunicação com a igreja: Ele deve ser a via mais curta de comunicação entre o ministério e a igreja. Essa comunicação depreende grande esforço, e aqui oferecemos quatro sugestões de como um líder pode fazer isso:
  1. Comunique-se com frequência: Um equívoco que podemos cometer como líderes de um ministério é nos comunicarmos com a igreja de modo fragmentado. Isso acontece quando comunicamos com a igreja apenas parte do que deveríamos: ou só falamos sobre as necessidades ou somente sobre as vitórias. Essa comunicação desequilibrada pode promover uma das duas reações na igreja: (1) ou ela ficará incomodada com o que ela entende ser reclamação ou (2) entenderá que o ministério não precisa de auxílio. Normalmente essas duas conclusões sobre um ministério estão equivocadas, mas terão sido promovidas pelo líder do ministério. Uma sugestão de comunicação frequente é inicialmente uma vez ao mês (no mínimo) sempre priorizando o tipo de informação que pretendemos apresentar para a igreja.
  2. Comunique-se com estratégia: Uma comunicação frequente e extensiva é insuportável, é necessário que o líder desenvolva uma estratégia de comunicação que seja eficiente em sua comunidade. Comunique o fundamental com a igreja: Priorize informações que são importantes para a igreja e evite detalhes desnecessários.
  3. Comunique-se com diversidade: Outro equívoco que se comente quando se fala em comunicação com a igreja é pensar que isso ocorre apenas via reuniões públicas. Em uma igreja grande isso é quase impossível de acontecer com todos os ministérios em todos os domingos. Por isso, o líder do ministério deve compreender que a comunicação com a igreja deve ser mais que um recado no culto público. A estratégia desenvolvida deve atender diferentes tipos de mídias. A internet, por exemplo, é um excelente canal de comunicação e deve ser explorado. Emails eventualmente são enfadonhos, mas devem ser utilizados com sabedoria. Peças teatrais também são excelentes ferramentas de comunicação com a igreja, bem como vídeos ministériais bem produzidos. Impressos também podem ajudar, mas devem ser usados com sabedoria e prudência. Mas, é fundamental qu eo líder encarne a visão do ministério e faça de si mesmo um embaixador da visão do ministério. Ele deve ser uma visão ambulante.
  4. Comunique-se com pluralidade: Outro equívoco que podemos cometer com a comunicação é esquecer das diferentes camadas existentes na igreja. Uma comunicação plural deve alcançar das crianças aos adultos, de modo que todos possam conhecer o ministério e o que se realiza por intermédio dele. Tal pluralidade auxiliará o ministério atender diferentes públicos dentro da igreja e envolvê-la como um todo em oração, participação e contribuição com o mesmo.

5. Avaliação

Todo ministério deveria passar por um período de avaliação: Pensar em como o minsitério deve ser não nos leva até lá. O trabalho para alcançar os objetivos do ministério é o caminho mais adequado para se alcançar os objetivos, mas nem sempre esse esforço e realizado de modo adequado. É por isso que é fundamental para o líder desenvolver sua capacidade de avaliação.
Essa capacidade de avaliação não é uma capacidade para montar perguntas que possam ser facilmente respondidas, mas é a capacidade de fazer perguntas que façam a equipe pensar. Essa avaliação, entretanto, não pode ser por demais subjetiva, é fundamental que critérios palpáveis sejam a referência dessa avaliação. Por exemplo, não devemos avaliar um ministério de evangelização pelas conversões, afinal não é parte da competência humana realizar esse ato sobrenatural. Seria um erro avaliar o sucesso de um ministério por esse critério, por outro lado, seria prudente avaliar esse ministério pelo empenho em tornar o evangelho de Cristo conhecido. Se tivermos apresentado o evangelho a 250 pessoas, quando gostaríamos de ter abordado 300 pessoas, verificamos nessa situação algo que precisa ser avaliado.
Essa avaliação, todavia, deve levar em conta os diferentes aspectos do funcionamento do ministério e o empenho individual dos voluntários. Com essas informações em mãos o líder deveria levar sua equipe a refletir sobre o andamento do ministério, sobre a qualidade da execução das ações, quais os motivos de não termos atingido nossos objetivos e assim por diante.
Três princípios devem fazer parte desse processo de avaliação:
  1. Identificaçao de Progresso/Estagnação/Retrocesso: Um ministério é bem avaliado por seu líder se se puder diagnosticar como está o ministério: Ele está crescendo? Está estagnado? Está regredindo? Quais são os elementos que demonstram esse fato? Responder a essa pergunta exigirá do líder rever o planejamento do ministério, a organização do mesmo e até mesmo sua comunicação. Essa identificação levantará perguntas sobre metas, as ações e o plano de ação do ministério que deverão produzir reflexão na equipe ministerial, sob a coordenação do líder.
  2. Identificar ajustes a serem feitos: Quando uma equipe pensa junto, identifica áreas, setores, atividades, rotinas que precisam ser ajustadas. Identificar esses ajustes inicia com o líder, mas uma equipe comprometida também percebe alterações que precisam ser realizadas para melhoria do ministério.
  3. Implementar medidas: Uma vez identificados ajustes necessários, é fundamental que o líder oriente sua equipe a implementar as medidas de reparo com a intenção de melhorar o desempenho do trabalho em benefício do ministério.

6. Redireção

Eventualmente a avaliação do ministério levanta situações em que uma mudança significativa seja feita. Ao invés de se acovardarem com a dificuldade desse processo, os líderes devem encontrar nele (o processo) uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e minsiterial. Se for necessário alterar o planejamento, a organização, a comunicação, altere. Os benefícios justificarão as dificuldades.
Uma última sugestão para o líder de um ministério: Descubra no que você é bom, alie-se a pessoas que são boas em outras coisas e monte um equipe que possa realizar todas as facetas da liderança.

Fonte: Teologando

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