domingo, 25 de setembro de 2011

Guardar o dia de Sábado é uma lei para o cristão hoje?

Por John MacArthur

Acreditamos que as regulamentações que regem a observâncias do guardar o dia de sábado, no Antigo Testamento, são aspectos da lei cerimonial e não moral. Como tal, elas não estão mais em vigor, mas já passaram, juntamente com o sistema de sacrifícios, o sacerdócio levítico e todos os outros aspectos da lei de Moisés que prefigurou Cristo. Aqui estão as razões que sustentam nossa visão.

1. Em Colossenses 2:16-17, Paulo refere-se explicitamente ao guardar o dia de sábado como uma sombra de Cristo, que não é mais obrigatória desde que a substância (Cristo) veio. É bastante claro nos versos que o sábado semanal está em vista. A frase "nos sábados, nas luas novas e nas festas fixas" se refere aos dias santos do ano, meses e semanais do calendário judaico, mensal, dia anual, (cf. 1 Crônicas 23:31, 2 Crônicas 2:04; 31:3, Ezequiel 45:17; Oséias 2:11). Se Paulo estivesse referindo-se a datas cerimonial especiais de descanso nessa passagem, porque ele teria usado a palavra "sábado?” (Sabath) Ele já tinha mencionado as datas cerimoniais quando ele falou dos festivais e da lua nova.

2. O sábado era um sinal para Israel da aliança mposaica (Êxodo 31:16-17, Ezequiel 20:12; Neemias 9:14). Agora estamos sob uma Nova Aliança (Hebreus 8), já não estamos obrigados a observar o sinal da aliança mosaica.

3. O Novo Testamento não ordena aos cristãos a guardar o dia de sábado.

4. Em nossa única visão de culto, a igreja primitiva se encontrava no primeiro dia da semana (Atos 20:7).

5. Em nenhum lugar no Antigo Testamento as nações gentias foram ordenadas a guardar o dia de Sábado ou condenadas por não fazê-lo. Isso é estranho se a observância de guardar o dia sábado foi feita para ser um princípio moral eterno.

6. Não há nenhuma evidência na Bíblia de alguém que guardava o dia de sábado antes do tempo de Moisés, nem existem quaisquer comandos na Bíblia para guardar o dia de sábado antes da promulgação da lei no monte Sinai.

7. Quando os apóstolos se reuniram no Concílio de Jerusalém (Atos 15), eles não imporam o guarda o dia de Sábado sobre os cristãos gentios.

8. O apóstolo Paulo advertiu os gentios sobre diferentes pecados em suas epístolas, mas não guardar o dia de Sábado nunca foi uma das advertências.

9. Em Gálatas 4:10-11, Paulo repreende os gálatas por pensarem que Deus esperava que guardassem alguns dias especiais (incluindo o sábado).

10. Em Romanos 14:5, Paulo proíbe aqueles que guardavam o dia de sábado (estes eram sem dúvida cristãos judaicos) por condenar aqueles que não guardavam (os cristãos gentios).

11. Os pais da igreja primitiva, de Inácio a Agostinho, ensinoram que o Sábado do Antigo Testamento foi abolido e que o primeiro dia da semana (Domingo) seria o dia em que os cristãos deveria se reunir para o culto (contrário a reclamação de muitos adventista do sétimo dia que afirmam que o culto de domingo não foi instituído até o século IV).

12. O domingo não substituiu o sábado para ser dia de Sabath. Ao invés, o Dia do Senhor é um momento quando os crentes se reúnem para comemorar Sua ressurreição, que ocorreu no primeiro dia da semana. Cada dia, para o crente, é como um sábado, visto que nosso trabalho espiritual é o descanso na salvação do Senhor (Hebreus 4.9-11).

Enquanto estivermos seguimos o padrão de designar um dia da semana, para o povo do Senhor reunir em adoração, não nos referimos a isso como " guardar o dia de Sábado".

Tradução: Aeliton Lopes

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